quarta-feira, 31 de março de 2010

O espelho dos pensamentos!

Bóiam leves, desatentos,
Meus pensamentos de mágoa,
Como, no sono dos ventos,
As algas, cabelos lentos
Do corpo morto das águas.
Bóiam como folhas mortas
À tona de águas paradas.
São coisas vestindo nadas,
Pós redemoinhando nas portas
Das casas abandonadas.
Sono de ser, sem remédio,
Vestígio do que não foi,
Leve mágoa, breve tédio,
Não sei se pára, se flui;
Não sei se existe, ou se dói!

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